domingo, 22 de novembro de 2009

Vacina Gripe A em doentes com artrite reumatóide

O medo e o alarmismo em relação à gripe A é geral! Porquê, eu pergunto? A gripe A é uma gripe como a sazonal com a diferença do nível de contágio ser maior. Morrem mais pessoas com a gripe sazonal do que com a gripe A. Para mim isto não passa de uma forma das farmacêuticas ganharem mais dinheiro.

Lembram-se da gripe das aves? Se calhar já não! Mas na altura o alarmismo foi o mesmo. Nos Estados Unidos previam que morressem 2 milhões de pessoas com esta gripe. Quantas morreram? Zero!! E o governo de Bush gastou mais de 1 bilião de dólares em vacinas...

Vacina? Não, obrigado. Em 1976, num surto de gripe desta estirpe nos Estados Unidos, 400 pessoas sofreram efeitos secundários graves devido à vacina e 20 morreram. Os efeitos incluem problemas neurológicos e paralisação do corpo.
Não acredito que com a velocidade com que produziram a nova vacina, tivessem tempo para testar que a mesma é segura. Eu passo! Apesar de ser uma doente com artrite reumatóide crónica, não arrisco nem estou minimamente preocupada com isso.

Alimentem-se de forma saudável e tomem 1000 mg de vitamina C por dia. Não fiquem obcecados por um assunto que não merece tanto mediatismo.
Os governantes do mundo não se preocupam com o que realmente é importante!
Quantos milhões de pessoas morrem de fome, sede... ? Quantos milhões de crianças morrem por ano de diarreia?! Eu digo-vos, 1.5 milhões de crianças. Simplesmente porque não têm água potável.

Consultem o Vosso médico e esclareçam-se com ele. Como doentes crónicos têm direito à vacina. Apenas vos deixei a minha opinião.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Artrite Reumatóide tem novo site

Os cerca de 40 mil portugueses que sofrem de artrite reumatóide têm agora acesso a um maior número de informação, em português, num novo site da doença, disponível em www.artritereumatoide.com.pt.

Neste site, os doentes e a população em geral podem saber tudo sobre esta doença, desde o que é a artrite reumatóide, como é feito o seu diagnóstico, quais as formas de tratamento disponíveis, respostas às questões mais frequentes e são ainda disponibilizados conselhos para melhorar a qualidade de vida de quem sofre desta patologia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Ómega 3, o meu amigo indespensável

Já falei aqui antes sobre este ácido gordo essencial que é neste momento o meu melhor amigo.
Mas para mim nunca é demais salientar o benefício que o Ómega 3 tem nas doenças inflamatórias.
Em conjunto com uma dieta paleolítica, consegui reverter a doença, pois já apresentava deformações e nódulos reumatóides.

Há uns meses atrás experimentei um fármaco modificador da doença (metotrexato), mas os efeitos secundários eram maiores que o benefício e por isso desisti da medicação.

Neste momento estou a tomar 5mg de corticosteroides por dia e cerca de 5300 mg de EPA (Ómega 3). O produto que estou a usar para o fornecimento de Ómega 3 é o PROMEGA da marca Bodyraise. Tomo 8 comprimidos por dia (pequeno-almoço, almoço, jantar e antes de deitar).

Quanto à dieta, esta baseia-se em carne, peixe, fruta, legumes e ovos.
Nada de fritos, gordura saturada, açúcares refinados, cereais, lacticínios e evitar também os hidratos de carbono (batata, pão, massa) e os frutos secos. Os citrinos como a laranja e o limão também são desaconselhados, pessoalmente não me sinto muito bem com estes alimentos.

Posso garantir que se seguirem isto à risca, irão ver melhoras notáveis. Este tipo de alimentação é um hábito que têm de criar, e que não vão conseguir mudar da noite para o dia. É preciso persistência e pensar no objectivo que é a cura total. Sim, a cura total! Mudem os vossos hábitos alimentares lentamente e a transição não custará tanto.

Se tiverem dúvidas sobre esta dieta, contactem-me.

Posições de descanso, trabalho e condução

É sempre importante manter uma posição correcta, principalmente se sofre de artrite reumatóide. Um erro frequente é o de tentar diminuir o peso que recai sobre as articulações dolorosas, transferindo-o para as que doem menos. Isto leva a que a articulação fique mais tensa, obrigando os músculos a fazer esforços desnecessários, o que contribui significativamente para a deformação.

O Terapeuta Ocupacional poderá dar-lhe algumas sugestões quanto às melhores posições para estar de pé, sentado, quando está a descansar ou a trabalhar.

Aqui vão algumas sugestões:

1. De pé em situação de trabalho ou descanso

A posição de pé, é uma postura de difícil manutenção, visto que provoca fadiga muscular ao nível do tronco e membros, implicando posturas assimétricas.

Para se estar de pé confortavelmente deve-se ter os pés ligeiramente afastados. Mantenha contraídos os abdominais e os glúteos (“ barriga e rabo”), ajuda a combater as dores nas costas.

Numa situação de trabalho o tronco deve ficar direito, ligeiramente flectido para a frente visto que temos que olhar para o trabalho que estamos a realizar, mas sem desfazer a lordose lombar fisiológica; fazendo parte da forma do nosso corpo.

A altura ideal para uma mesa de trabalho será ligeiramente abaixo do cotovelo, para permitir que o antebraço e mão trabalhem abaixo do mesmo, impedindo a tensão exagerada que iria provocar ao nível dos membros superiores e pescoço, se a mesa fosse mais alta.
Também o tronco não deverá estar inclinado para a frente sobre uma superfície baixa. Para nos facilitar o trabalho ainda mais, o tampo da mesa deve ter uma ligeira inclinação, facilitando o acesso a zonas afastadas com menos movimento e esforço.

Quando o trabalho em pé exige torções, devemos realizá-las com movimentos de ancas e joelhos, em vez de usar o tronco unicamente, obrigando a um maior esforço da coluna lombar.

Sempre que o trabalho em pé exige uma postura estática, devemos interromper de vez em quando. Use sapatos confortáveis e fortes, com palmilhas, se necessário. Evite sapatos de tacão alto ou os totalmente rasos. Se necessitar ficar de pé por um período longo, leve consigo um banco desdobrável.


2. Sentado em situação de trabalho ou descanso

Para trabalharmos sentados a uma secretária, a cadeira ideal é giratória sobre si mesma, com rodas e a altura do assento e costas da cadeira reguláveis. Isto permite adaptar a cadeira correctamente à pessoa, sendo necessário pouco esforço para se levantar.

A cadeira deverão ter encostos direitos, com uma curvatura em baixo que se ajuste à lordose lombar.

Os assentos devem estar a uma altura que permite o total apoio dos pés no chão, mantendo um ângulo de 90º entre o tronco e a coxa com a perna.

Um descanso para os pés pode ajudar; mas nunca este deve ser mais alto do que a anca, caso contrário, os pés devem estar assentes no chão.

Se a cadeira não tiver braços, colocamos uma ou duas almofadas no colo, para apoiar os braços.

O assento deve ter espaço para as nádegas e coxas, mas não deve ser mais fundo para que a sua extremidade não comprima a dobra do joelho.

Deve ter atenção à altura da mesa de trabalho relativamente à sua cadeira. A cadeira demasiado alta, causar-lhe-á dores de costas e no pescoço, pois será obrigado a inclinar-se para a frente e baixar a cabeça. Se a cadeira não puder ser regulada, aumente a altura da mesa ou da secretária inclinada que diminuirá a tensão das costas e do pescoço, obrigando-o a ter uma postura de trabalho mais correcta.

Pequenos apoios lombares almofadados que se ajustam às costas também ajudarão a rectificar a postura e podem ser adquiridos na maioria das farmácias.

Um descanso para o auscultador do telefone também lhe pode ser útil, sobretudo se tiver os ombros ou os cotovelos doridos.
A ver televisão ou no cinema, devemo-nos sentar bem e o écran da televisão ou do cinema deve estar à altura dos olhos, evitando o esforço activo do posicionamento da cabeça com fadiga muscular para o pescoço.

Mude de posição com frequência para evitar que as articulações fique rígidas.


3. Deitado

O colchão não deve ser, nem muito mole nem muito duro, deve-se adaptar às formas do corpo quando estamos deitados de maneira a dar-lhes apoio completo.

A sua cama deve ser relativamente alta para evitar tensão nos joelhos e nas ancas quando se deitar e levantar; se o colchão faz uma cova no meio coloque uma tábua por baixo.

Substitua os cobertores pesados por edredon de penas. Uma pequena almofada fornecerá um óptimo apoio para o pescoço; não deve usar mais de que uma almofada. Deve colocá-la na altura correcta de modo a não sentir a sua cabeça empurrada para a frente. Uma almofada de rolo ou de “borboleta”, pode ser uma boa opção. Use uma almofada por baixo dos joelhos e da cabeça (por pequena que seja) em decúbito dorsal. Não adormeça de barriga para baixo e caso o faça, tenha atenção em colocar uma almofada na zona da barriga, evita dores nas costas.

A coluna, os ombros e a bacia devem estar sempre alinhados na cama. Use almofadas para este efeito. Sempre que dormir em decúbito lateral (de lado), use uma almofada que compense a altura do ombro à cabeça. Dar-lhe-á mais apoio lombar. Não adormeça no sofá por períodos longos. Use talas de repouso, caso necessite.


4. Posição de Condução

Seja prudente quando conduzir, e tendo em conta o seu estado, mantenha-se a uma distância razoável dos outros carros. Nos dias em que se sentir melhor, não exagere, pois poderá vir a sofrer as consequências mais tarde.

Ajuste o banco do condutor de forma que:
  • O encosto de cabeça apoie a sua zona occipital e a coluna cervical não a ultrapassando-a;
  • Dê suporte à sua coluna lombar: use um rolo se necessário;
  • Mantenha os cotovelos ligeiramente flectidos e junto do corpo em relação ao volante;
  • Mantenha os joelhos ligeiramente flectidos em relação aos pedais.
Se sentir dificuldades com o assento do seu carro, os puxadores das portas ou as mudanças, peça a um Terapeuta Ocupacional que lhe indique onde poderá fazer as modificações necessárias e que material há à venda no mercado. Não se esqueça de avisar a sua companhia de seguros se o seu carro sofrer algumas alterações.

Autor: Andrea Pinto

Fonte: Clínica Ponto da Saúde